Olhar Por Braga!

2007-01-22

Para que a ida ao THEATRO não seja um CIRCO!


Recebo regularmente do Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Braga informação em catadupa, das diversas actividades que decorrem no município, e que aquele gabinete diligentemente espalha, por via electrónica, fazendo crer que há hiperactividade na CMB.
Da pequena parcela que efectivamente a CMB tem responsabilidade, está a programação do Theatro Circo. Numa dessas missivas promocionais refere taxativamente que “… podem ser adquiridos nas bilheteiras do Theatro Circo das 10h/19h de terça a sexta, das 13h/19h aos sábados e nos dias de espectáculo até uma hora após o seu início.”

Ora meus amigos, o Theatro Circo ao disponibilizar bilhetes até uma hora após o início do espectáculo está a fomentar precisamente o oposto daquilo que devia ser um hábito e um critério de rigor para quem vai assistir a um espectáculo – que depois do seu início ninguém mais pudesse entrar na sala, perturbando aqueles que querem assistir e aqueles que fazem o próprio espectáculo!
É impressionante a falta de educação nas salas de espectáculo portuguesas, e falo daquilo que conheço desde Lisboa, Porto e agora em Braga, no Theatro Circo, que meia hora depois de um espectáculo se ter iniciado ainda cheguem pessoas, incomodem quem já está instalado e atento ao decurso do espectáculo, produzam ruído que por vezes impedem que se percebam pormenores de execução (e não estou só a falar da área clássica) e muitas vezes amuam por mostrarmos insatisfação face à ocorrência!

A direcção do Theatro Circo tem a obrigação de não permitir que tal aconteça, e para isso não pode fazer anúncios e práticas como a que acima citei. A venda de bilhetes tem que terminar alguns minutos antes do início do espectáculo e quem chegar depois do seu início só deve poder entrar no intervalo. É assim que acontece nos países “civilizados” (culturalmente educados, se preferirem…). A esse critério de rigor devem ser acrescentados outros como o desligar os telemóveis e outros aparelhos que emitam sinais sonoros, como não comer ou beber na sala, entre outras que até parecem despropositadas mas que infelizmente revelam uma falta de civismo gritante. Os empregados que circulam na sala de espectáculos devem ter poder para convidar os prevaricadores a saírem, ou não entrarem fora de horas.

O Theatro Circo tem a obrigação de promover o civismo e proteger os seus clientes proporcionando qualidade no espectáculo e naquilo que o envolve. Compreendo que é preciso ter alguma coragem para deixar à porta o Senhor Doutor A ou Senhor Presidente B, mas se o fizerem mais cedo ou mais tarde, todos vamos agradecer. Fico à espera…

2 Comments:

  • Meu Caro Henrique D'Almeida, aqui por Braga como sabe é comum entrar na carruagem com a mesma em movimento, aliás é máxima instituida pelo poder vigente . Funciona na maior parte das vezes para aqueles que incomodam, como forma de os silenciar !!!

    By Anonymous Anónimo, at 12:57 da manhã  

  • É uma questão de hábito. Só é preciso impedir a entrada de uma pessoa a primeira vez e essa pessoa deixa de chegar atrasada.

    Fui assistir ao concerto D'A Naifa e acabada a primeira música, foram re-abertas as portas para mais pessoas entrarem.

    Tudo bem que podem existir vários argumentos para tal situação, mas o que é um facto é que de repente pessoas da plateia foram obrigadas a levar com uma silhueta à frente.
    E o pior deste mau hábito não é o teatro, mas sim qualquer sala de cinema na nossa cidade. Qual é a necessidade de estar a conversar à porta da sala até o filme começar?

    By Blogger GODfromage, at 1:53 da manhã  

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